sexta-feira, 9 de maio de 2014

Sobre tristeza

Hoje me peguei lendo textos antigos. Textos escritos em diferentes momentos, mas me dei conta que sempre foi a tristeza minha motivação, quase que uma válvula de escape para os apertos no peito. E confesso que tenho sentido falta de escrever. Mas pego o computador e as coisas soam tolas, ou sem importância.

E não é por que estou 100% bem ou porque a tristeza deixou de fazer-se presente. Vivemos em ciclos. Mas hoje certamente dou à tristeza uma posição menos importante do que já dei.

Depois de algum sofrimento, nestes poucos 27 anos de idade, me dei conta que ser triste é uma opção. Sofrer é uma opção quando se tem a consciência tranquila e a certeza de fazer sempre o melhor – mesmo que nem sempre consigamos.

E talvez por isso as palavras me pareçam poucas. Pois decidi que ficar triste, pelo o que quer que seja, é perder tempo. E isso me faz mais leve.

Talvez, lendo de maneira desatenta, possa parecer que não dou importância às coisas que acontecem ou que desisto de alguns sentimentos com facilidade. Por gentileza não me entenda errado. Mas tente o exercício de desapegar-se dos sentimentos que lhe fazem mal, sem desistir das coisas que acredita, mas encarar de forma mais simples. Tendo a consciência de que sempre fará o possível para que as coisas funcionem, mas sem sofrer caso elas deem errado.

Eu juro que não é leviandade, mas sim uma forma mais feliz de levar a vida.

Meu único desafio é, nesta nova maneira de encarar o mundo, encontrar pautas que preencham as folhas em branco. Mas com certeza virão, pois falar de coisas boas também nos faz bem.