Hoje me peguei lendo textos antigos. Textos escritos em
diferentes momentos, mas me dei conta que sempre foi a tristeza minha motivação,
quase que uma válvula de escape para os apertos no peito. E confesso que tenho
sentido falta de escrever. Mas pego o computador e as coisas soam tolas, ou sem
importância.
E não é por que estou 100% bem ou porque a tristeza deixou
de fazer-se presente. Vivemos em ciclos. Mas hoje certamente dou à tristeza uma
posição menos importante do que já dei.
Depois de algum sofrimento, nestes poucos 27 anos de idade,
me dei conta que ser triste é uma opção. Sofrer é uma opção quando se tem a consciência
tranquila e a certeza de fazer sempre o melhor – mesmo que nem sempre
consigamos.
E talvez por isso as palavras me pareçam poucas. Pois decidi
que ficar triste, pelo o que quer que seja, é perder tempo. E isso me faz mais
leve.
Talvez, lendo de maneira desatenta, possa parecer que não
dou importância às coisas que acontecem ou que desisto de alguns sentimentos
com facilidade. Por gentileza não me entenda errado. Mas tente o exercício de
desapegar-se dos sentimentos que lhe fazem mal, sem desistir das coisas que
acredita, mas encarar de forma mais simples. Tendo a consciência de que sempre
fará o possível para que as coisas funcionem, mas sem sofrer caso elas deem
errado.
Eu juro que não é leviandade, mas sim uma forma mais feliz
de levar a vida.
Meu único desafio é, nesta nova maneira de encarar o mundo, encontrar pautas que preencham as folhas em branco. Mas com certeza virão, pois falar de coisas boas também nos faz bem.