quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Sobre amor

Para ler ouvindo:

Desde que um amigo me chamou de tola por ainda acreditar no amor, ando refletindo sobre o assunto. Mas não só esse amor de casal que ele se referia, mas sobre seu sentido mais amplo. Aquele tal do amor cristão, o amor pelo próximo.

E a minha conclusão é óbvia, mas hoje tenho a certeza que é impossível amar sem a tolerância, sem o respeito. O amor passa por entender que não há ninguém perfeito. Que amar de verdade é tolerar defeitos, ter empatia. Saber que o outro tem sua história, que tem em suas raízes conceitos diferentes dos nossos. Amar é respeitar a individualidade.

E são nessas horas quer me sinto uma pessoa privilegiada, pois usufruo desse amor a minha volta. Tenho família e amigos capazes de amar apesar das diferenças, com as diferenças.

Tudo bem, não serei hipócrita de dizer q é tudo lindo, pois nem sempre é fácil. Pelo contrário. Às vezes respeitar as escolhas do outro é foda (desculpa, mas não tem outro termo que expresse exatamente isso). Mas no fim das contas é sempre o amor que prevalece. 

Mesmo que a sua vontade seja esganar o outro por ter tomado decisões que você discorda totalmente, são nessas horas que devemos trabalhar a tal da tolerância e entender que as pessoas são diferentes.

Entendo que amar é esse exercício diário de colocar-se no lugar do outro, respeitar espaços, tolerar defeitos e saber que não há ninguém melhor do que ninguém. Não é simples, mas certamente é gratificante. É de uma complexidade sem tamanho e exige as vezes que questionemos nossos próprios valores pra poder respeitar o contexto do outro. E aí está o amor de verdade.

E hoje, mais do que nunca, sinto profundamente por aquele que não consegue ser flexível, pois dificilmente será capaz de amar na totalidade. De amar do fundo do coração.

Eu tento. E sigo, diariamente, fazendo esse exercício: empatia, respeito e amor.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Saravá!

Hoje em dia existe algo imensurável que me acompanha todos os dias.

Algo que me faz vigiar para ser alguém melhor, a todo minuto. Que guia os meus passos e me faz dormir tranquila. Que me dá a certeza de estar protegida das mazelas do mundo e me dá conforto. Desde que eu faça por onde. 

Algo que me enche de esperança pela manhã de que o dia será lindo e me garante que todo sofrimento é necessário. E que certamente não durará pra sempre. Que me faz agradecer todas as noites, antes de dormir, por ter uma família repleta de amor. E que me deu uma família ainda maior, mais uma mãe e mais um pai. E uma porção de irmãos.

Algo que me mostrou o quão sagrada é a música e que por isso hoje ecoa um tambor dentro do meu coração. Que me ensina que as coisas mais sábias vem dos seres mais humildes. E me apresenta a importância da humildade para aprender com tudo que o mundo nos dá.

Algo que transmite um amor que, como ser falível que sou, talvez não seja totalmente merecedora, mas que procuro dar o meu melhor, para que um dia eu seja digna da confiança que me depositam todos os dias.

Algo que me conectou com a natureza de uma forma nunca antes experimentada e que justifica a ligação que sempre tive com o mato. Que me conectou com Deus. E que me dá o presente mais bonito que eu poderia querer: paz de espírito.

Por isso eu bato cabeça, para honrar a confiança de meus guias espirituais, agradecê-los e agradecer a força que vem dos Orixás!

Saravá Umbanda!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Sobre orgulho e dor

Nunca fui muito boa em admitir fraquezas e desistir das coisas. Tenho um lado orgulhoso que é um pouco tenebroso. Aquele tipo de coisa que devemos vigiar. Todos temos algo a ser vigiado. O meu é isso, o orgulho. Admitir que perdi algo é sempre muito doloroso.

Talvez seja este sentimento que tenha que lidar neste momento. A perda. Talvez seja pior por acreditar que ainda existe algo a ser vivido. Ou crer que não experimentei algo tão verdadeiro quanto o sentimento que hoje insiste em se fazer presente. Insiste mesmo, com uma intensidade que tem sido complexa de lidar. Complexa como nunca.

Tem dias que tudo passa bem e que mal lembro da existência desde tal sentimento. Mas tem outros que parece que tudo pula dentro do peito e fica muito difícil segurar as lágrimas da saudade.

Ainda não sei dizer se é um orgulho ferido misturado com a dor de não ter o que fazer a respeito ou se é um desses amores que vão demorar pra ir embora. A única certeza que eu tenho é que dói.

Isso pode parecer um contrassenso com que já escrevi antes, mas não é bem isso. A tristeza se faz presente, mas a vida não para por nenhum segundo. E em nenhum momento esta vida deixou de me apresentar todas as belezas que a permeiam. Mas a dor está aí para que eu aprenda a lidar.

É como um dedo do pé machucado. Enquanto estamos sentamos está tudo bem, mas ao dar o primeiro passo a dor está lá. Presente. Você não vai deixar de andar, mas terá que lidar com aquela pequena dor crônica que pode demorar, mas uma hora há de passar.

E é isso que me digo todos os dias, que se realmente é esse o fim da história, essa dor vai parar de doer. Alguma hora vai. Tenho certeza.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Sobre tristeza

Hoje me peguei lendo textos antigos. Textos escritos em diferentes momentos, mas me dei conta que sempre foi a tristeza minha motivação, quase que uma válvula de escape para os apertos no peito. E confesso que tenho sentido falta de escrever. Mas pego o computador e as coisas soam tolas, ou sem importância.

E não é por que estou 100% bem ou porque a tristeza deixou de fazer-se presente. Vivemos em ciclos. Mas hoje certamente dou à tristeza uma posição menos importante do que já dei.

Depois de algum sofrimento, nestes poucos 27 anos de idade, me dei conta que ser triste é uma opção. Sofrer é uma opção quando se tem a consciência tranquila e a certeza de fazer sempre o melhor – mesmo que nem sempre consigamos.

E talvez por isso as palavras me pareçam poucas. Pois decidi que ficar triste, pelo o que quer que seja, é perder tempo. E isso me faz mais leve.

Talvez, lendo de maneira desatenta, possa parecer que não dou importância às coisas que acontecem ou que desisto de alguns sentimentos com facilidade. Por gentileza não me entenda errado. Mas tente o exercício de desapegar-se dos sentimentos que lhe fazem mal, sem desistir das coisas que acredita, mas encarar de forma mais simples. Tendo a consciência de que sempre fará o possível para que as coisas funcionem, mas sem sofrer caso elas deem errado.

Eu juro que não é leviandade, mas sim uma forma mais feliz de levar a vida.

Meu único desafio é, nesta nova maneira de encarar o mundo, encontrar pautas que preencham as folhas em branco. Mas com certeza virão, pois falar de coisas boas também nos faz bem.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Boa sorte

Você respira fundo, toma coragem e decide que vai. E sua vida adulta de repente se desenha e você percebe que passou a tomar decisões que dependem totalmente de você e todos os riscos são só seus.

Bate um medo sem tamanho.

Mas de repente você fica tão feliz é por isso mesmo. Por sentir-se dona de seus próprios caminhos e de sentir-se responsável pelo que virá de bom e também pelo que virá de ruim. E então você respira mais fundo e diz pra você mesma que tudo irá dar certo.

Então você deixa esse frio na barriga de ansiedade tomar conta e deixa que se espalhe por todo o corpo. E percebe que qualquer mudança vai gerar um desconforto e que é esse desconforto que faz a gente se encher de coragem para ver o que vem pela frente.

E então reza baixinho, dentro de você mesma, para que lhe protejam e lhe ajudem a seguir sempre o melhor caminho.


E daí respira mais fundo ainda, sorri com um mistura de ansiedade, medo, insegurança e vai. E deseja pra você mesma: Boa sorte.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Que venha o amor


Que venha o amor.
Daqueles que desnuda a alma e que perde-se o ar.

Que venha o amor daqueles de perder a razão. De brigas e sexo de reconciliação. Que venha o amor da compreensão e da parceria.

Que venha o amor de risos a toa e suspiros pelos cantos. Que venham todas as borboletas morar no meu estômago. Que venha o amor me deixar as pernas bambas.

Que venha o amor daqueles lotados de cumplicidade. Que venha o amor do seguir em frente. Daqueles que se troca e que se cresce.

Que venha o amor de conversas longas e beijos mais ainda. Que venha daqueles quentes. Daqueles que são livres.

Que venha o amor de filmes e discografias. Amor de domingos, sábados e dias de semana.

Que venha um amor.
Que venha.

sábado, 2 de março de 2013

Eu quero muito



Eu quero diversão. Eu quero disponibilidade. Quero conversas intermináveis. Quero bom gosto e bom trato. Quero sorrisos, elogios. Quero companhias indispensáveis. Quero honestidade. Quero coragem. Quero lealdade.

Quero muito.

Quero bons amigos e cerveja gelada. Quero dançar até os pés doerem. Quero parceria. Quero boa comida e um ombro confortável. Quero barba e cheiro bom.  Quero dar risada. Quero deixar as coisas acontecerem. Quero ver o que vem pela frente.

Quero tudo e mais um pouco.

Quero inverno com dias de sol. Quero sapatilha e samba. Quero guitarras e rock’n roll. Quero flertes. Quero sentir-me desejada. Quero fazer o meu melhor, sempre. Quero passar tardes jogada no sofá. Quero bons filmes. Quero guilty pleasures. Quero família. Quero mesa farta e histórias a serem compartilhadas. Quero beijos envolventes. Quero abraços demorados. 

Quero mais tudo e menos pouco.